Conheça um pouco da Produção do Sr. Sebastião Andrade da Rosa/Agricultor familiar/Assistida pela EMATER-PARÁ/Localidade Ramal do Doca.. Atividades desenvolvidas: Manejo de Açaizais (Açaí, Cupuaçu, Andiroba e outras espécies nativas), Manejo de bacurizais nativos, cultiva Mandioca, Melancia, Abacaxi, Muruci e pequeno pomar doméstico.
Mercado e comercialização
A exploração do açaí é de fundamental importância para as economias dos Estados do Pará, Maranhão, Amapá, Acre e Rondônia, especialmente para o primeiro e o terceiro, pois responde pela sustentação econômica das populações ribeirinhas. Tem sido estimado que as atividades de extração, transporte, comercialização e industrialização de frutos e palmito de açaizeiro são responsáveis pela geração de 25 mil empregos diretos e geram anualmente mais de R$ 40 milhões em receitas. A partir de 1992, quando foi atingido o ápice das exportações de palmito, a produção de frutos de açaizeiro experimentou crescimentos anuais significativos, em função do aumento da competitividade da coleta de frutos, motivado por melhorias nos preços, e do aumento da fiscalização, evitando a destruição maior dos açaizais. A produção de frutos de açaizeiro no Estado do Pará cresceu de 92.021 toneladas, em 1997, para 122.322 toneladas, em 2002, um aumento de quase 33%. Em 2003, a produção foi de 160.000 toneladas.
Com a expansão do consumo do açaí, os ribeirinhos, nos últimos anos, têm diminuído a extração e venda de palmito para as indústrias processadoras e concentraram as suas atividades na coleta e venda de frutos, cuja valorização teve efeito econômico e ecológico positivo sobre a conservação de açaizais.
A partir da década 1990, com o aumento da pressão internacional para a preservação da Amazônia, os produtos florestais não-madeireiros ganharam importância como alternativa para evitar desmatamentos e queimadas. Essa exposição da Amazônia, na mídia mundial, chamou a atenção para diversos frutos regionais, como o guaraná, cupuaçu, açaí, pupunha e o bacuri, entre os principais, que tiveram forte crescimento no mercado nacional e atraíram o interesse do mercado internacional.
A importância socioeconômica do açaizeiro decorre, portanto, do seu enorme potencial de aproveitamento integral de matéria-prima. O principal aproveitamento é a extração do açaí, mas as sementes (caroços) do açaizeiro são aproveitadas no artesanato e como adubo orgânico. A planta fornece ainda um ótimo palmito e as suas folhas são utilizadas para cobertura de casas dos habitantes do interior da região. Dos estipes adultos, 30% podem ser cortados de 5 em 5 anos e destinados à fabricação de pastas e polpa de celulose para papel.
Para a população ribeirinha, uma das mais rentáveis possibilidades comerciais proporcionadas pelo açaizeiro é a produção e comercialização de seu fruto "in natura". A produção de frutos para o mercado local é uma atividade de baixo custo e de excelente rentabilidade econômica.
A valorização do fruto do açaizeiro contribuiu, nos últimos anos, para consolidar o manejo de açaizais nativos como a principal atividade do Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Extrativismo (PRODEX), criado em junho de 1996, componente do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). Os grandes interesses pela cultura e por esses recursos, fizeram com que a área manejada e de cultivo passasse de 9.223 hectares, em 1996, para 18.816 hectares, em 2002, tanto para produção de frutos como para extração de palmito, atendendo mais de 5 mil produtores, dos quais 92,1% são do Estado do Pará. O forte crescimento do mercado de fruto de açaí tem sido o indutor dessa expansão.
A principal finalidade da utilização do açaizeiro ainda é para extração do açaí, embora nos últimos anos tenha surgido um grande leque de alternativas para a cultura, em face do interesse despertado, após estudos demonstrando excelentes oportunidades para o aproveitamento integral dessa palmeira pelas indústrias alimentícias, de corantes naturais, de cosméticos, de fármacos, de celulose e papel, entre outras (Melo et al. 1974; Melo et al. 1988; Nazaré, 1998; Rogez, 2000).
A concentração de açaizeiro no estuário amazônico, com a área estimada em 1 milhão de hectares, torna a espécie um componente da floresta nativa, formando maciços de açaizais naturais. Em decorrência da facilidade de extração de seus frutos, a espécie permite à indústria instalada na região o abastecimento seguro e fácil, com custo baixo da matéria-prima e do transporte. Ao mesmo tempo, possibilita o aproveitamento permanente das áreas de várzea e igapó, exploradas, anualmente, com o cultivo do arroz e cana-de-açúcar, evitando, dessa maneira, o abandono dessas áreas e a sua transformação em capoeira desprovida de espécies valorizadas, fato bastante comum na agricultura itinerante regional.
O açaizeiro é uma espécie vegetal com grande potencial de aproveitamento por pequenos produtores e populações ribeirinhas, desde que seja explorado de forma racional.
O fruto e o açaí possuem um mercado regional muito forte, por ser importante na alimentação diária das populações locais, pelos seus altos valores nutricionais e de unânime preferência popular por seu singular paladar. Em Belém é estimada a existência de mais de 3 mil pontos de venda de açaí, comercializando diariamente 120 mil litros, atendendo, basicamente, as populações de baixa renda.
No Estado do Pará, onde o açaí faz parte de sua cultura, o consumo vem aumentando no decorrer dos anos, como conseqüência do processo de congelamento utilizado pelo consumidor, que faz com que o produto seja consumido durante todo o ano. A imigração rural é outro fator relevante para a ampliação do consumo urbano, tendo em vista que pessoas oriundas do interior acostumadas a tomar açaí regularmente, mantêm esse hábito quando imigram para as grandes cidades do Estado.
Um dos grandes problemas do comércio do açaí é a sua característica de alta perecibilidade, mesmo sob refrigeração. Nas indústrias de sorvetes da região é comum submeter o açaí concentrado à temperatura de -40 oC, preservando grande parte de suas propriedades.
A demanda pelo açaí fora da região também está em alta, com o produto tendo boas possibilidades de mercado, principalmente no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Goiás e na Região Nordeste. No Rio de Janeiro, o açaí é oferecido nas praias e se tornou muito popular entre os adeptos da "cultura da saúde" e entre os freqüentadores de academias. É também vendido diretamente ao consumidor, onde a demanda pelo produto, antes considerado exótico, é crescente e começa a ganhar popularidade entre os nativos e turistas. É estimado que no Rio de Janeiro sejam consumidas 500 toneladas/mês, em São Paulo 150 toneladas/mês e outros Estados somam 200 toneladas/mês. Nesses locais, em alguns pontos de venda, o que se consome é o açaí fino que, misturado com outros produtos, perde o gosto, o odor e até o valor calórico da fruta. Além da mistura com outros produtos, é freqüente o aumento da dosagem de água, adequando de acordo com o preço oferecido. Este aspecto realça a importância de se estabelecer critérios mais rígidos quanto ao teor de água em mistura com o açaí comercializado, sob risco de infringir danos à saúde dos consumidores e a perda de mercados no futuro.
Em 2000, foi iniciada a exportação de polpa congelada de açaí para os Estados Unidos e para a Itália. Esse mercado externo vem crescendo 20% ao ano nos últimos 3 anos, com a comercialização do açaí concentrado em latas e com a popularização da mistura com diversas outras frutas feitas em academias de ginástica. Futuramente, poderá haver problemas com o registro da marca "açaí", registrado em março de 2001, tanto na União Européia como nos Estados Unidos da América do Norte, que motivará pendengas judiciais e entraves à comercialização.
Como todo produto extrativo, é difícil quantificar o volume ofertado de açaí. A oferta brasileira está concentrada na Amazônia, especialmente no Estado do Pará _ seu principal produtor, com 92% da oferta _ vindo em seguida o Maranhão, Amapá, Acre e Rondônia. A abertura de novos mercados tem contribuído para o aumento do déficit de matéria-prima, principalmente na época da entressafra.
No Pará, as microrregiões Furos de Breves, Arari, Belém, Salgado, Cametá e Guamá, respondem por 97% da produção estadual, ou 119 mil toneladas. Em 2002, a microrregião Cametá contribuiu com 77 mil toneladas. Por se tratar de um produto, cujo crescimento do mercado concorreu para o aumento dos níveis de preços, há necessidade de políticas públicas que ampliem a oferta para atender os consumidores locais.
Quanto aos preços do fruto na região, há variações importantes em função, principalmente, da oferta local, da distância do mercado consumidor e do tamanho desse mercado. A formação do preço se dá no momento da chegada do intermediário no local de comercialização. O preço de "abertura", o primeiro preço do dia, é sempre o último praticado no dia anterior. Com a chegada de barcos carregados de frutos esse preço começa a cair, dado o aumento da oferta. No Município de Igarapé-Miri, no Pará, em 2004, uma rasa de 28 kg custava R$ 12,00, mas poderia chegar a R$ 45,00 ou até R$ 60,00, na entressafra. O produtor tem um maior ou menor retorno financeiro de acordo com a distância entre a sua propriedade e o mercado consumidor, em face do custo de transporte do produto até esse mercado.
Abacaxi: o rei na economia
O Nosso município de Primavera vem ampliando estrategias de produção de abacaxi, hoje estamos no tornando referencia regional na produção.
Em 2007, segundo o IBGE, o Pará foi o primeiro produtor nacional de abacaxi com uma produção anual de 411.951 mil frutos e uma área plantada de cerca de 15,5 mil hectares. Em 2008 a área plantada em todos os principais Estados produtores foi reduzida, o que fez com que o Pará passasse a ocupar o terceiro lugar no ranking nacional. Até hoje o município de Floresta do Araguaia se destaca como principal produtor estadual, seguido de Conceição do Araguaia, Salvaterra e Santarém.
Só em Floresta do Araguaia é possível encontrar cerca de 1.200 produtores que sobrevivem da cultura e que têm impactante importância na economia da região. Tanto é que, justamente, neste município está localizada a maior indústria de processamento de suco concentrado de abacaxi do país, capaz de processar mais de quatro mil toneladas de frutos por mês. O produto é exportado, principalmente, para países da União Europeia, Estados Unidos, Israel e Mercosul.
Por ter perdido grande parte da sua agricultura para se tornar um grande polo industrial, Barcarena perdeu o posto de um dos maiores produtores de abacaxi da região. Mesmo assim, a fruta no município possui uma abrangência bem maior do que a questão econômica.
Por essas terras, o abacaxi é rei não só pela coroa, tem direito a trono, súditos e homenagens. Trata-se do Festival do Abacaxi, uma das maiores manifestações culturais da região tocantina. “Ano passado o município produziu 700 mil frutos. Nós estamos tentando resgatar essa nossa cultura agrícola e por isso já aumentamos 20 hectares do plantio. Tudo daqui envolve o abacaxi, é dele o maior evento daqui. A fruta virou nosso símbolo cultural, turístico e até mesmo influencia o nosso artesanato”, ressaltou o secretário de Agricultura de Barcarena, Edson Cardoso.
Além da degustação de produtos feitos à base de abacaxi, o festival tem o concurso da Rainha do Festival do Abacaxi e a participação de artistas da terra, como o músico e filho de Barcarena, Joaquim de Lima Vieira, mais conhecido como Mestre Vieira. Ano passado, a 29ª edição do festival reuniu mais de 20 mil pessoas e homenageou nomes conhecidos do cultivo do abacaxi, como o seu José Pinheiro, que há mais de 50 anos é agricultor e trabalha com a fruta. “Nasci e me criei na roça. A minha família inteira mora aqui. O abacaxi sempre foi plantado nas minhas terras, até parei por um tempo, mas depois voltei. Hoje continuo no plantio da fruta e espero produzir ainda mais”, ressaltou.
Memória de infância do pedagogo Paulo Roberto Silva, o festival já faz parte da sua vida. “Eu era molequinho e já ajudava a carregar os abacaxis pra dentro da sede da prefeitura. O evento é um momento especial em que todos os artistas da terra se reúnem para saudar o nosso abacaxi”.
1- Floresta do Araguaia
2- Conceição do Araguaia
3- Salvaterra
4- Santarém
5- Capitão-Poço
6- Castanhal
2- Conceição do Araguaia
3- Salvaterra
4- Santarém
5- Capitão-Poço
6- Castanhal
O REI NO DOMÍNIO DO MUNDO
Primavera encontra-se em 69º Lugar na Produção.
O suco de abacaxi está chegando cada vez mais perto do suco de frutas mais vendido do mundo, o de laranja. E o melhor, já se sabe que a concentração de vitamina C no abacaxi é tão significativa quanto na laranja. Ponto para as regiões que investem no fruto-rei!
O suco de abacaxi está chegando cada vez mais perto do suco de frutas mais vendido do mundo, o de laranja. E o melhor, já se sabe que a concentração de vitamina C no abacaxi é tão significativa quanto na laranja. Ponto para as regiões que investem no fruto-rei!
Por que se orgulhar?
O Pará, além de ser um dos mais significantes produtores de abacaxi do mundo, possui a maior indústria de processamento de suco concentrado da fruta do país. De quebra, ainda possui uma cultura única
ligada ao “rei dos frutos”.
O Pará, além de ser um dos mais significantes produtores de abacaxi do mundo, possui a maior indústria de processamento de suco concentrado da fruta do país. De quebra, ainda possui uma cultura única
ligada ao “rei dos frutos”.
Nova variedade de cupuaçu conquista produtores do Pará
Fruto tem maior produtividade e é resistente à principal doença da cultura.
Embrapa Amazônia Oriental realiza trabalho de pesquisa há 15 anos.
O Pará produz mais de 41 mil toneladas de cupuaçu, de acordo com a Secretaria de Agricultura do estado. O município de Tomé-Açu, na região nordeste, é o maior pólo produtor, com 12 mil toneladas por ano.
Por causa da vassoura-de-bruxa, fungo que passou a atacar as plantações, cultivar o fruto tornou-se um desafio. Pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental começaram então a estudar variedades que fossem mais resistentes.
Para chegar ao cupuaçu carimbó, os pesquisadores escolheram quatro variedades e plantaram separadamente. Do cruzamento dessas variedades surgiram frutos mais resistentes.
O agricultor Sebastião
Andrade da Rosa está feliz com a nova lavoura, a primeira safra vai ser colhida daqui a três anos. Além da resistência à principal doença da cultura, o cupuaçu carimbó vai produzir 5 toneladas de polpa por hectare, enquanto o tradicional produz apenas 3 toneladas.
A Embrapa já distribuiu mais de 100 mil sementes do cupuaçu carimbó para os produtores do Pará.
Aqui um pouco do espaço utilizado pelo micro-empreendedor individual, grande homem que vem fazendo grandes plantações de desenvolvimento econômico para o nosso município.
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